terça-feira, 27 de dezembro de 2011

Eu, racional? Quero ser um burro!

A modernidade nos legou "A Razão" como única maneira (melhor maneira) de sairmos de uma imaturidade espiritual, ou melhor de uma sombra intelectual. Esta sombra na realidade seria a crença, muitas vezes, cega na religião e em Deus. A Razão, tendo como sua mola propulsora a ciência, levou ao homem ao "domínio da natureza", como idealizou Bacon. A ciência desvendou mistérios, encurtou distâncias, salvou vidas e modificou hábitos. Muita coisa positiva surgiu desta era racional. Mas como homens, sempre nos faltará algo. Esta mesma época nos ofereceu guerras brutais, experimentos terríveis, egoísmo sem precedentes, esgotamento da natureza, dentre outros. Ante todo o desenvolvimento proporcionado pela ciência, sentimos que falta algo. Nossos corações clamam por uma coisa que não temos a menor ideia do que se trata. Não temos a menor ideia de como seria o mundo um pouco mais "irracional", mais intuitivo, sensível mesmo. Em 2012, estou decidido a pensar menos e fazer mais. Em racionalizar menos e me permitir viver experiências novas, irrefletidas mesmo. Jesus (podemos falar de Gandhi, Madre Tereza ou Buda), estúpido ou mesmo inexistente para grande parte da ciência, nos deixou uma mensagem de amor e esperança, onde o que vale são o aprendizado via experiência humana, é tornar nossa vida abundante de amor mesmo nos equívocos e nas dificuldades, é mantermos-nos alegres e úteis! Em 2012, espero ser um burro de verdade, trabalhador, persistente e sensível.

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