Um belo dia de
verão o menino do cabelo bagunçado, nervoso, ansioso, chama ao pai para um
passeio de bicicleta. Digamos que ele ainda não seja um expert, no alto de seus
cinco anos, mas ele até que anda direitinho com a sua “magrela” com rodinhas é
claro!
Equipado com uma “bike”
Caloi, capacete, cotoveleiras, joelheiras, protetor bucal, ops! mentira este
último foi só um desejo do pai. Pai, filho e “bike” se dirigem ao seu destino,
a fantástica pista de bicicross, ops novamente! na verdade um parque perto de casa com algumas
pequenas ladeiras. O filho se diverte pedalando, nas pequenas ladeiras o pai
vira um verdadeiro propulsor a jato empurrando seu filho, ambos muito alegres e
felizes num belo dia de sol. O menino do cabelo bagunçado sobe e desce com sua “magrela”,
na subida o pai o apoia. Até que o menino acredita poder subir a ladeira
sozinho, para o pai era uma montanha! Assim, o menino ganha distância e fala
com o pai enfático: - não preciso de ajuda, vou subir sozinho!!! O pai pensa: -
porque não coloquei o protetor bucal!!! um escafandro ao algo do tipo!!!
Corajoso, o menino do cabelo bagunçado pega distância
e começa a pedalar sua “bike com rodinhas”, a toda velocidade, são instantes
tensos para o pai e imagino muito excitantes para o menino, ele inicia a
subida, vai conseguir, o pai distante só podia torcer. Passou um vendedor de
picolé e exclamou: vai conseguir, outro passante falou: vai dar merda! Cadê o
pai do moleque, tá doido! Quando percebi tinhas uns 30 olhando, e o moleque
subindo, subindo com sorriso no rosto, sentindo o vento bater, alegre, mas na curva
que finaliza a subida, no último instante as forças do menino esgotaram-se ...
silêncio!!!! Só quem se atreveu a falar foi o passante que gritou: não disse
que ia dar merda! De repente, o menino do cabelo bagunçado começa a descer de
costas com a bicicleta gritando: ô ô ô ô ô ô, ah ah ah ah boom!!!! Foi hilário,
todos riam da situação, gargalhada geral e o pai não sabia se ria ou se
chorava, mas o menino desceu toda a ladeira de costas gritando o que mais
parecia o refrão de uma música baiana. No fim da ladeira ele cai, morrendo de
dar risada e pedindo para repetir a dose!!!! Coitado desse pai.
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